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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

pra não dizerem que não amei...

Eu que não amei, perdi o jeito de amar.
Eu que não quis te envergonhar,
Atrevo-me a te colocar em meus sonhos.

Eu que simplesmente te queria como amigo.
Perdi o senso do perigo, e subverti valores.
Para te dar nos braços, nas lacunas pretensiosas.
Do universo chamado sonho.

Eu que não paro de ver teus olhos,
E eles que viajam dentro do meu quarto,
Você não saiu de mim, e me arranca pedaços.

Em teus braços repouso a vontade de te ver comigo...
Acordo em breves risos, e durmo pra buscar verdades.
Eu que dizia amar alguém, perdi os modos, perdi minha educação.

Eu não esqueço teus olhos.
Perseguindo meus sonhos com a destreza de quem se deixa amar.
Pecado? Talvez um gole de insânia, ou um pedido desesperado de lábios,
De ti.

Vou viajar em meus sonhos
Com a certeza obscura da tua face me dizendo não!
Pesadelos.
Quero em mim teu espelho e teu reflexo constante.

Quero os piagas,
Quero liras e cantos repetidos.
Fazer plágios, e falar baixo para que possas ouvir
A voz que não cansa de dizer, te quero.

Quero um vinho, um vinagre para beber nas lacunas de teus sorrisos,
Quero em ti cirandas, quero acampar doces ladrilhos, abrir a janela e ver-te.
De braços abertos, dizendo coisas sem sentido, sem nexo.

Quero teu perfume, teus instantes de devaneios.
Quero teu jeito numa fotografia, que colocarei na parede.
Pregarei em mim teu nome, escreverei com contornos e auto relevo as palavras
Que de tua boca me disseram coisas que não queria ouvir,

Quero tua amizade, tua gentileza, quero a sobremesa, o jantar.
Quero sonhar mil vezes, quero deixar um pedaço de ti numa moldura,
E teu abraço quente para um dia de frio.

Quero a dor, quero morrer de amor, quero a lua em pedaços.
Quero estrelas em farrapos, quero o sol se desmanchando,
Quero ver a vida passar do meu lado, e teu humor perspicaz dizendo um até breve
E depois voltar, voltar aos meus braços.

Talvez seja pretensão amar, talvez a vida seja fazer de conta.
E o amor uma conta sem números, sem resultado,
Mas quero de ti o suave gosto de amar, um pouco de platonismo e quimeras.

Quero morrer desse amor, e dele me orgulhar aos pouquinhos.
Quero de ti olhar a íris dos teus olhos, ter certeza do teu afeto,
Duvidar, pra ter certeza, ter certeza pra me enganar.
E voltar, ser subversivo, ser censurado, ser calado,
Mas não deixar de te desejar, pois nesse momento a tortura invadiria meu senso de amores.
Acordaria, mentiria, e deixaria que o tempo mentisse, e eu dissesse a mim mesmo
Amo-te, e te quero, mesmo sabendo que o amor é uma mão dupla
Quem perde sofre, e quem ama acredita
E é só.

Quero jogar-me, e ascender o meu jeito tosco.
Quero aprender a sentir teu corpo.
Quero esquecer que vive pra ser amado.

Quero ficar parado, inerte, esperar teu suspiro descer em teus pensamentos
Quero acalentos, quero prosas, poesias, quero alegrias, mentiras, novas verdade
Quero vaidades, quero teu jeito de dizer não.

Voltar a ser rebelde, quero teu rosto alegre, enfeitando o meu descontentamento
Quero contentar-me até um fim filosófico, quero existir para pedir um até logo.
Que arrodeio, quero exageros, saltar na contra mão do destino, quero hinos, cânticos
Algumas goles mascarados de sensatez, quero amor burguês, quero você, e resumindo
É só o que eu quero, com impertinência e indiscrição, quero em tuas mãos desenhar o corte que eu chamo vida...
Para que não esqueças, que eu fiz, farei, e estarei te amando calado, reprimido.

E pra terminar com um brinde digo-lhe que, não me encanta mais, além do teu sorriso capaz
De abrir mil mundos nas madrugas silenciosas.

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