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domingo, 31 de julho de 2011

De muitas coisas me orgulho
Outras tantas me arrependo
Que a luz vi passar na frente
De meus olhos carentes.

Vi o sol descer pelas serras
Olhei a lua retornar e tomar minhas dores.
Vi a noite me deixar demente.

Desses dias me arrependo..
Que o suor desceu pela testa...
Oh Deus meu!
Que a brisa do dia me deu ânsias
E agonias...

E agora?
Para onde vão meus lamentos?
Vão nas azas do vento
Devorando o que restou das mesmices.

Vou andar agora contente
Que as alegrias devem ser falhas
Mas não falha meu encanto nem
Contentamento
Nem sorrisos de bocas devasas.

sábado, 30 de julho de 2011

E quando o tempo passa, e deixa um beijo suado em tua bochecha, sinal que a hora chegou sem te dar explicações. O futuro era e sempre será o abismo de devaneios, de pensamentos tecidos com os dedos, escritos na ponta do lápis, pensado e cultivado por mentes, mas será que esse presente era o futuro que pensávamos no passado? É, nem tudo se explica, nem tudo se une, nem tudo é tão certo como a praticidade do dia a dia. Imaginava um futuro, ganhei um presente que venhamos e convenhamos, não chega nem perto das bizarrices que eu suspirava nas lacunas e nos becos de meus desejos. O tempo passa com uma frieza absurda, assusta crentes e descrentes, bons a maus, o tempo ele te inclina e te mostra da forma mais instintiva que estar vivo é caminhar meio que sem querer para mais perto da morte, não estou sendo pessimista, pois acho que enquanto há vida é necessário se viver, buscar sorrisos e cultiva-los até a ultima hora. Mas o meu futuro é simplesmente tão certo como o caminho que me trouxe à vida e o caminho onde leva à morte, embarcar nessa nave é necessário para sonhar, dormir e acordar sem reflexões nem delírios.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

terra...

A terra, a corrupção com cheiro de terra molhada, sucateada, pisoteada.
A terra que mastiga, a terra que planta e é nutrida pela carne nascida, mórbida.
Terra com som, terra que grita, terra, e um pedaço do mundo, por trás de cordilheiras, das montanhas, dos montes.
Extremidades e ladeiras, a terra que busca o sonho de morte.
Terra e mais terra, elementos de mãos dadas.
A terra irmã, terra inimiga dos sonhos, terra que cospe e é cuspida pelo vento que trás poeira e põe em teus olhos.
A terra e seus libidos de ter a carne em baixo de seus pés, ancestrais, frutas vegetais ...
Terra que germina e ajuda a germinar, o fim e a comida que vai te engolir aos poucos, e te tornar pó pra virar “terra”...
A terra que nascemos, e para a terra voltaremos, e unidos seremos um só elemento.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Existem e existindo tudo se toca tudo é um nexo de situações, de condições. A existência gira em torno do desconhecido, adormecido. Repleta de cores e ausência da mesma. Labirintos céticos, poéticos.
Como a gravidade, ausência da mesma. O ser humano sente e faz sentir. Adormece em seu inconsciente e entra em conflito com seu ego. Mas tudo vai muito além de dogmas ou sepulturas frias. Se sentimos falta, se nos perturbamos por medo não é porque levamos, mas por que somos levados a navegar num oceano desconhecido chamado vida.
Mas existem muito mais coisas no universo “humano” do que podemos imaginar, isso vos parecerá obvio demais, no entanto as paredes que nos separa de tais mistérios parece reprimir qualquer tipo de descoberta.
Não falo de descobertas cientificas, falo de fronteiras além de mesmices intelectuais. Somos céticos demais para observar além das barreiras ideológicas, somos pequenos e limitados o suficiente para não superar as mascaras do universo.
Somos dotados de mente, limitada é verdade, mas temos, basta sermos mais humildes, capazes de destrinchar labirintos, observar com cuidado cada fronteira intelectual que nos guarda. É uma questão de respiração e inspiração espiritual capaz de desvendar eventos que parecem “inexistentes”.
Não busquem entender o mundo sem entender a si mesmos, comecem a pensar sobre tudo que lhes rodeia, comecem e se interpretar, e talvez assim a atmosfera terrestre se torne mais fácil de ser entendida. Sejam fieis, acreditem que a solução está em vocês, não tratem o mundo como se esse fosse uma lamina plana com um abismo no final repleto de monstros. Sejam racionais, mas saibam usar deduções, saibam usar analises instintivas. Há coisas que estão além do toque suave que provoca a derme. É só uma questão de auto interpretação, de combustão psíquica, olhe para a luz que se esconde atrás de seus olhos, imaginem o mundo à sua maneira, sejam “loucos”, perspicazes, capazes de lutar contra as lacunas deixadas pela “noção exata” que cega e mancham a capacidade de velejar por mares inóspitos e desconhecidos.

domingo, 10 de julho de 2011

Ser...
Ente...
Ter..
Poder...

Humano...
Ambição...
Traição...

Do—ente...
Previsível...
Carente...

Animal...
Racional...
Desigual...
Marginal...

Prepotente...
Indecente...
Conivente...

Ser—carente...
Arrogante...

Ser...
Humano...
Ou não ser?
Uma questão...
Uma piada...

Existência...
Carência...
Demência...

Penso?
Existo?
Morro...

Acabou...

Segregados...
Mutilados...
Calados...
Censurados....

Ser, pra querer
Ter, pra poder...
Existir...pra viver...
Pensar pra sobreviver...

Humano ... “imperfeição”

sábado, 9 de julho de 2011

Em tua aparência pálida a certeza.
Nada seria como foi um dia.
Eu teus sorrisos esbranquiçados.
Em teu gesto mórbido, eu sabia...
Tudo era passado...

Enverguei-me, plantei expectativas.
Fiz de tudo para não ser, e estar sempre certo.
Morri ao abrir a porta.
Desci as escadas... E me joguei...

Acordei de cabeça pra baixo, de pés descalços,
Mas tudo que é findo teve um gênesis.
Teve um conto... Teve memorias.
Eu desci a vida pra tentar não lembrar...

Esses contos piegas vão ficar todos entalhados em rumores.
Em amores que nunca vigaram, foram ceifados.
Calado estava, calado estive.

Fiquei acordado esperando cada lacuna ser preenchida, cada brecha ocupada.
Fiz escândalos, fiz de mim mártir.
Abracei o vento, numa sufocante apneia emocional.

Adeus...
É tudo que me resta...
Não quero mais os abraços castos, não quero poemas.
Quero simplesmente a vida em sua essência.
Decência, esculpida de prantos e sorrisos...
Feita pra ser vivida... Para ser narrada...
Em livros, em sonhos em
Memórias de mim.
Eu suponho o fim.
Pretendo estender os dias.
Suponho sorrisos.
Prometo e prometendo vou mentir.

Imagino o futuro...
De um lado a vida
Do outro intrigas.

Te odeio,
Te tratarei com cuidado.
Amo-te, mas não tenho perdão.

Vou arrumar os cacos, catar meus pedaços...
Juntar o que ficou de mim, nas sombras.
Em teu quarto.

Proponho um brinde,
Farei requintes, mas ainda sim
Te odeio, te perdoou, te amo.

Farei de mim agonias.
Terei em mim calafrios.
Morrerei te odiando.
E de tanto odiar
Morrerei te querendo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Prometo ilusões
Farei corações piegas...
Farei promessas pra admitir meu erro.

Farei luares, te deixarei em dúvidas.
Morrerei caprichos...
Sangrarei pedidos,

Farei de ti meu medo.
E assim terei raiva quando acabar,
Os amores, os luares.

Não serei perfeito,
Não terei respeito.
Deixarei rastros.

Serei a lembrança
Que espanta as madrugadas
Solitárias, vazias.

Em meu colo teu peso
Jogar-me-ei de andares altos.
Em meus retratos, alguns estarão
Rasgados.

Te ajudarei a me detestar com o tempo.
Ilusão.
Perdão.
Não sou mais teu sonho.
Nem te trarei arrepios súbitos.
Desculpe-me amor,
Mas o fim bateu em nossa porta...

domingo, 3 de julho de 2011

Estou em cacos, mordendo a carne que reveste meu corpo.
Estou sem força, sem piedade vou encravando os dentes no meu próprio corpo.
Vendo o sangue escorrer, vejo a derme latejar.
Estou em pedaços.

Sinto meu peito bater em ritmo lento.
Tomo agua amarga,
E o pavor escorre por entre os dentes.

Um medo cíclico,
Uma covardia batendo na porta do meu quarto.
Vejo umbrais, vejo ilhas e armadilhas.

Diante da lacuna, a solidão piegas.
Meu peito aberto em carne viva.
Volto a dormir.

Corto meu espirito com o ímpeto de voltar a viver.
Meu Deus!
Até quando o labirinto
E os gritos de socorro, vão assombrar
Meus dias suicidas?

sábado, 2 de julho de 2011

LIBERDADE NÃO É BRINCADEIRA...

Não sou fundamentalista, longe disso. Mas acredito que a igualdade consiste na liberdade de manifestação. Numa democracia é necessário que se fale o que se pensa, para não gerar uma sociedade hipócrita e arrogante. Sou a favor do casamento no civil e da união homoafetiva, tendo em vista que os mesmos pagam seus impostos e são cidadãos dotados de direitos e deveres. Mas eu como profundo defensor das tais liberdades, não posso calar-me diante de uma aberração chamada PL 122, que pretende obscuramente ceifar o direito de expressão e liberdade de culto amplamente assegurando na constituição federal de 1988. É inaceitável que qualquer grupo, seja ele qual for tente calar uma sociedade inteira. A homofobia é uma doença, que deve ser combatida com medidas educacionais, com medidas preventivas. A aplicação das leis devem atingir diretamente os bandidos que se acham acima de determinados grupos, é o caso, por exemplo, dos imbecis neo nazistas, que dia após dia discriminam de forma taxativa, gays, nordestinos, negros. Mas querer tirar das igrejas, sejam evangélicas ou católicas, o direito de se expressar, não é só exagerado como é repugnante. Acho que os homossexuais não só podem como devem lutar por direitos inerentes ao ser humano numa totalidade, devem ter direito a manifestações, a voz ativa. Agora querer criar uma espécime de “ditadura” é inaceitável. Quem discrimina a pessoa do homossexual é bandido, bandido comum, mas a igreja é regida por liturgias “bíblicas” e fugir disso seria impossível e até mesmo covardia. Para que uma lei como a PL 122 fosse aprovada seria necessário convocar uma nova assembleia constituinte já que a nossa CF/88 em seu artigo 5ª incisos IV,VI e IX assegura a liberdade de culto, pensamento filosófico e intelectual.
Abraços a todos.
Ela?

Percebi que um olhar perdido, desviou em tua direção. Com o coração na mão, demente, carente de teu olhar. Não queria mais que isso. Um único olhar, um piscar, um relance. Mas continuo na inercia de minha tolice olhando-a com esmero.
Ultrajando minhas expectativas, a brisa do cheiro distante. Simplesmente não paro de olhar, confundo meu instinto, nesses labirintos.
Oh se de um capricho olhasse pra mim! Mas não olha, ou finge não olhar, um desdém que me tira o folego. As gotas, calafrios e sombras, continuo sobrevoando o vazio da esperança, a vingança oportuna de te ver olhar de lado. Continuo parado, piedoso.
Será uma espécie de utopia desmedida? Ou simplesmente carência de admira-la mais um pouco? Ah se você retribuísse, se me fitasse por alguns segundos, mas fica aí mais um pouco e deixa-me te olhar, já fico grato por isso.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Deixem que o mundo subtraia seus desejos, deve ser melhor assim. Não se importem com arrogância alheia. Nem se comovam com pieguices dos que choram fingindo se importarem. Nessa sociedade o que importa é o status, mas que dane-se o capricho das etiquetas. Não parem de acreditar que o melhor está no que vocês acreditam. O melhor é você mesmo. Se indignem, enojem-se com aqueles figurões que tratam pessoas como simples dejetos. Para o diabo os que não descem de suas coberturas fedendo a prepotência.