É isso que me resta,
Isso que eu tenho que cultivar...
A grandeza do mar é meu destino,
Desde menino me vi afogar...
Nas prozas distantes,
Nos retratos sem álbum,
Nas manchas coloridas,
Um verso, um verso...
Faltaram-me as canções,
E a ceiva da vaidade,
A piedade e meu carinho
Fiz um risquinho, um traço,
E um ponto final.
Minha lagrima sangra, e pede uma brecha.
Na imensa vontade de chorar me arrependo
E vejo tudo passar.
Doem meus rins
Ardem as vísceras.
Sempre paro e reparo...
Mas nunca duvido da vida...
Esse largo lago de prazeres,
Essa rua cheia de vielas,
Essa chama,
Essa parte que desce
Te esquece, e relembra.
Nos teus olhos,
Restou de mim
Os meus sentimentos,
Quiçá assim
De joelhos...
Mas morri..
E a todos meu agradecimento
E votos de apresso.
Sem demagogia, o ser humano imita
O que sobrou do céu.
Riem as lacunas nas constelações distantes,
Isso tudo em mim, e o que restou de mim.
No fim, tudo é verdade, ou mentira...
E o restante balela de quem conta tudo pela metade.
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