Vou cantar,
Cantar entre as lacunas deixadas.
Vou pousar minha vida
E tecer alívios.
Vou ter a coragem,
De rasgar a carne que dói.
Morder os lábios,
E passar a língua.
Vou amar
Perder a razão de ser.
Tornar-me cego, sem objetivos.
Estragar meus amigos.
Entortar minhas costas.
Encurvar-me em punhais.
Morrer daquela dor latente
Aquele frio.
Aquele ódio.
Dar adeus...
E novamente arrancar
Dilacerar a gangrena chamada “perder”...
Vou amanhecer, e rolar em risos...
Pois só de amanhecer já valeu apena
A demência de ter dormido.
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