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terça-feira, 23 de agosto de 2011

conto das mortes...

A poeira é o gosto fétido
Amargo.
As ladeiras e a multidão
Um caixão
Putrefação.

Choros e risadas...
Entre as ruas luais
E uma sepultura...
Um homem que morreu de não saber

E por saber demais rachou a cabeça.
Deu um grito e se enforcou.
Pediu perdão ao padre
Foi excomungado.
Ultrajado.
Lapidado nos umbrais da vergonha.

Lapiões, grilhões e assaltantes
Um túmulo aberto
Pronto para descer o cadáver.
A carne dura, seca, com fome, subtraída.

Risadas e gritos, choro e velas.
Um doente adormecido, um latão, uma cuia d’agua.
Uma passagem, e a poeira subindo.

Um grito;
Enterra!
Outro, volta...
É a morte que ceifa os vales.
Torna o homem pó.
Sentinela na escuridão
Um voo, uma gota de lagrima,
Vai com Deus...

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