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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

aí de mim depressão...

É isso que me resta,
Isso que eu tenho que cultivar...
A grandeza do mar é meu destino,
Desde menino me vi afogar...

Nas prozas distantes,
Nos retratos sem álbum,
Nas manchas coloridas,
Um verso, um verso...

Faltaram-me as canções,
E a ceiva da vaidade,
A piedade e meu carinho
Fiz um risquinho, um traço,
E um ponto final.

Minha lagrima sangra, e pede uma brecha.
Na imensa vontade de chorar me arrependo
E vejo tudo passar.

Doem meus rins
Ardem as vísceras.
Sempre paro e reparo...
Mas nunca duvido da vida...

Esse largo lago de prazeres,
Essa rua cheia de vielas,
Essa chama,
Essa parte que desce
Te esquece, e relembra.

Nos teus olhos,
Restou de mim
Os meus sentimentos,
Quiçá assim
De joelhos...

Mas morri..
E a todos meu agradecimento
E votos de apresso.
Sem demagogia, o ser humano imita
O que sobrou do céu.

Riem as lacunas nas constelações distantes,
Isso tudo em mim, e o que restou de mim.
No fim, tudo é verdade, ou mentira...
E o restante balela de quem conta tudo pela metade.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

para que chorar?

Vou cantar,
Cantar entre as lacunas deixadas.
Vou pousar minha vida
E tecer alívios.

Vou ter a coragem,
De rasgar a carne que dói.
Morder os lábios,
E passar a língua.

Vou amar
Perder a razão de ser.
Tornar-me cego, sem objetivos.

Estragar meus amigos.
Entortar minhas costas.
Encurvar-me em punhais.

Morrer daquela dor latente
Aquele frio.
Aquele ódio.

Dar adeus...
E novamente arrancar
Dilacerar a gangrena chamada “perder”...
Vou amanhecer, e rolar em risos...
Pois só de amanhecer já valeu apena
A demência de ter dormido.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

não quero ser piegas...

Trago-te essa rosa,
Barata e suja de lama,
Espinhos e folhas.

Não foi cuidada,
Não teve redoma,
A agua pouco tocou-a
E a brisa fez ela murchar.

Trago para ti meus pecados
Minhas mentiras,
Meus dilemas
Trago-te amargos poemas.

Uma grosseria e um punhado
De saudosismo que nunca tive.

Trago os meus contos defuntos.
Minha mão fria e pálida.
Farei imitações, compilações.
Serei eu mesmo.

Vestir-me-ei de roupa rasgada, manchada.
Antiga.
Meu cheiro será suave, sem essências francesas.
Ou pós-barba burguês.

Serei eu mesmo
Sujarei a mão com a rosa,
Darei as costas.
Não direi que te amo.

existes?

Momento de ser...
E o que é ser?
Perder espaço?
Ser mais um pensante?
Amar...

Ai quantas coisas sei falar...
Mover-me...
Parar.

Mas nada sei, só sei de verdades repartidas...
Sinto o vento e não o vejo
Vejo o mar a dar voltas, mas não sei o que é o mar.

Pensar é existir ou omitir a distancia tênue entre o eu e um irracional.
Qual a verdade?
Qual a mentira?
Que parte de mim está em você?
Ou nas estrelas repartidas em constelações?

Eu que nunca fui nada, me deparo com o nada todo dia.
Eu que só tenho alegrias, busco a felicidade em bocas abertas.
Dentes múltiplos, e feições de jovialidade.

Mas nada tem sentido. Ou tem?
Mentes tão bem, que a mentira parece absurdo burguês...
Falas tão límpido que pareces anjos, arcanjos...
Mas somos de carne, osso, e erros...
Somos feitos de quimeras mil.
De sonhos de andares altos,
Blocos,
Coberturas.

Carros, aventuras.
Natureza e tua ilusão,
Que nem o céu é azul,
Nem teu corpo é perfeito..

Mas pra tudo dá-se um jeito...
Se não tem é por que já morreu.

inimigos...

Não gosto de perder amigos.
E também que mal há?
Em tê-los distantes por um tempo?

O acalento da brisa de nossa mão é suficiente
Para iludir por momentos o restante de pudor que nos resta.
A dor e as brechas o seco gole da magoa.

Amigos e outros tantos conhecidos...
Perder...
E tê-los de volta...

Vão embora, os maus e os bons....
Eu quero tecer sonhos, e dos sonhos acordar em volta de rumos
Ser prudente, e ser negado por mim e pelos que me cercam.

Nada se faz valer,
Nada é tão valido
Nada é tão sombrio.

A amizade e meus amigos
As vaidades a assobios.
Amigos para que tê-los?
Amigos por que perde-los?

É ter pra saber...
E perder pra ver a falta que faz.

conto das mortes...

A poeira é o gosto fétido
Amargo.
As ladeiras e a multidão
Um caixão
Putrefação.

Choros e risadas...
Entre as ruas luais
E uma sepultura...
Um homem que morreu de não saber

E por saber demais rachou a cabeça.
Deu um grito e se enforcou.
Pediu perdão ao padre
Foi excomungado.
Ultrajado.
Lapidado nos umbrais da vergonha.

Lapiões, grilhões e assaltantes
Um túmulo aberto
Pronto para descer o cadáver.
A carne dura, seca, com fome, subtraída.

Risadas e gritos, choro e velas.
Um doente adormecido, um latão, uma cuia d’agua.
Uma passagem, e a poeira subindo.

Um grito;
Enterra!
Outro, volta...
É a morte que ceifa os vales.
Torna o homem pó.
Sentinela na escuridão
Um voo, uma gota de lagrima,
Vai com Deus...

domingo, 21 de agosto de 2011

igualdade em sorrisos...

Em um sorriso
A largura de tua esperança
De tua vontade.

A beleza que se traduz em palavras
Versos bem elaborados,
A centelha que pulsa e se mostra querer
E mostrar que é puder.

Falam teus olhos,
O sentimento marcado pela liberdade
A igualdade que bate nos pulsos.

Uma beleza impar, um lugar pra esquentar
Meus sonhos, e o que diziam utopia.

Em pela de menina, uma face de guerreira.
Revolucionaria, armada de ideais,
Repleta de sentidos altruístas.

Essa noite vi o céu repartido em estrelas.
Vi em teus olhos a certeza que o amor
É lato, é grande, vai além de sentimentos
Piegas

É ser, sonhar, e deglutir os verdadeiros desejos.
Um desejo de um mundo melhor, de um lugar para falar em voz alta.
És mais que uma noite me esperava
Era mais que a noite em seu sussurro de sono
Poderia me dar.
Avante companheira.
Com tua beleza e teu charme solidário.

sábado, 20 de agosto de 2011

....??? por que????

Acordado, perdendo
Os sentidos
Querendo teu toque
Quiçá um beijo
Para suprir meus lábios

Toda carência,
Toda demência
Dos meus olhos,
Minha derme, meu sussurro.

Sem te conhecer
E amando por omissão
Sinto o chão mais próximo e tua face
Decorada com esmero.

Teus esmaltes,
Tuas cores,
Em unhas esculpidas
Tecidas com tua personalidade

Atrevo-me a pedir licença,
Te olhar por entre ombros,
Um tolo talvez,
Um quixotesco quem sabe...

Mas entre tantas lacunas
Espero-te em sonhos
Sem pretensão
Na contramão de meus instintos

Te amo sem saber
Talvez sem sentir,
Posso cair, levantar, andar...
Peco por querer,
Mas amo, e é simples.
Os motivos ficam pra depois.

sofrer...

E às vezes a boca escorre um gosto de sofreguidão
Faço um pedido, ave Maria! E meus pés ainda cansados
Latejando.

Fumo um cigarro, barato, desses tipo contrabando.
Coloco um pouco de fel na boca, vômito, cuspo os pedaços
E volto a deglutir as dores sem pedir perdão.

Adeus aos deuses,
Faço armadilhas e caiu dentro de alçapão.
Essa é a saída, depressão, e antidepressivos não resolvem
A calma pede mais que uma química sem noção.

Voltemos então, a escorregar em nossos erros
Tecemos medos...
Atingimos o ápice
E morremos, de frio, de calor, de amor, e matamos
O desejo que te faz pulsar.

Volto a nadar
Num mar de areia.
Chego as profundezas
Vejo grandezas
E deixo de viver sem sentido
E só.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

pra dizer que amei, pra mentir que te tive.

Te morderia,
E te mordendo comeria teus pedaços.
Te enxeria de abraços, te deixaria dormir.

Faria de ti meu lugar...
Apoiar ia-me em teus encantos...
Te encheria de esmeros
Acamparia castelos
Subverteria minha alma.

Te amando, deixaria teu retrato ao meu lado
Para sonhar calado, para sentir teu cheiro
E dele me encher por completo

Mas calado não falo,
Perdido não vejo,
Não encontro no tempo o pecado original

Meu sorriso artificial,
Minha falta de controle.

te levaria na minha pele
colocaria na derme tua essência
tua face.

Mas não tenho teu caminho
E perdido volto ao nada,
Encaro...
E desço o céu
No pedaço do céu...
E adormeço.

Te amo, como amiga
E minto, por querer te amar
Subverto o verbo
Mudo a herança de meu desejo.

Acordo com tua voz dizendo um oi
Durmo e reclamo de tua ausência.
Sonho com tua presença, pertinente, condicente
Com a única coisa que espero
Teu olhar.

Vou voltar, não me canso dos meus sonhos
Quiçá teu beijo,
Quiçá você, nas lacunas preenchendo meus pedaços
Amarrando meus retalhos
Me amando, e só.

pra não dizerem que não amei...

Eu que não amei, perdi o jeito de amar.
Eu que não quis te envergonhar,
Atrevo-me a te colocar em meus sonhos.

Eu que simplesmente te queria como amigo.
Perdi o senso do perigo, e subverti valores.
Para te dar nos braços, nas lacunas pretensiosas.
Do universo chamado sonho.

Eu que não paro de ver teus olhos,
E eles que viajam dentro do meu quarto,
Você não saiu de mim, e me arranca pedaços.

Em teus braços repouso a vontade de te ver comigo...
Acordo em breves risos, e durmo pra buscar verdades.
Eu que dizia amar alguém, perdi os modos, perdi minha educação.

Eu não esqueço teus olhos.
Perseguindo meus sonhos com a destreza de quem se deixa amar.
Pecado? Talvez um gole de insânia, ou um pedido desesperado de lábios,
De ti.

Vou viajar em meus sonhos
Com a certeza obscura da tua face me dizendo não!
Pesadelos.
Quero em mim teu espelho e teu reflexo constante.

Quero os piagas,
Quero liras e cantos repetidos.
Fazer plágios, e falar baixo para que possas ouvir
A voz que não cansa de dizer, te quero.

Quero um vinho, um vinagre para beber nas lacunas de teus sorrisos,
Quero em ti cirandas, quero acampar doces ladrilhos, abrir a janela e ver-te.
De braços abertos, dizendo coisas sem sentido, sem nexo.

Quero teu perfume, teus instantes de devaneios.
Quero teu jeito numa fotografia, que colocarei na parede.
Pregarei em mim teu nome, escreverei com contornos e auto relevo as palavras
Que de tua boca me disseram coisas que não queria ouvir,

Quero tua amizade, tua gentileza, quero a sobremesa, o jantar.
Quero sonhar mil vezes, quero deixar um pedaço de ti numa moldura,
E teu abraço quente para um dia de frio.

Quero a dor, quero morrer de amor, quero a lua em pedaços.
Quero estrelas em farrapos, quero o sol se desmanchando,
Quero ver a vida passar do meu lado, e teu humor perspicaz dizendo um até breve
E depois voltar, voltar aos meus braços.

Talvez seja pretensão amar, talvez a vida seja fazer de conta.
E o amor uma conta sem números, sem resultado,
Mas quero de ti o suave gosto de amar, um pouco de platonismo e quimeras.

Quero morrer desse amor, e dele me orgulhar aos pouquinhos.
Quero de ti olhar a íris dos teus olhos, ter certeza do teu afeto,
Duvidar, pra ter certeza, ter certeza pra me enganar.
E voltar, ser subversivo, ser censurado, ser calado,
Mas não deixar de te desejar, pois nesse momento a tortura invadiria meu senso de amores.
Acordaria, mentiria, e deixaria que o tempo mentisse, e eu dissesse a mim mesmo
Amo-te, e te quero, mesmo sabendo que o amor é uma mão dupla
Quem perde sofre, e quem ama acredita
E é só.

Quero jogar-me, e ascender o meu jeito tosco.
Quero aprender a sentir teu corpo.
Quero esquecer que vive pra ser amado.

Quero ficar parado, inerte, esperar teu suspiro descer em teus pensamentos
Quero acalentos, quero prosas, poesias, quero alegrias, mentiras, novas verdade
Quero vaidades, quero teu jeito de dizer não.

Voltar a ser rebelde, quero teu rosto alegre, enfeitando o meu descontentamento
Quero contentar-me até um fim filosófico, quero existir para pedir um até logo.
Que arrodeio, quero exageros, saltar na contra mão do destino, quero hinos, cânticos
Algumas goles mascarados de sensatez, quero amor burguês, quero você, e resumindo
É só o que eu quero, com impertinência e indiscrição, quero em tuas mãos desenhar o corte que eu chamo vida...
Para que não esqueças, que eu fiz, farei, e estarei te amando calado, reprimido.

E pra terminar com um brinde digo-lhe que, não me encanta mais, além do teu sorriso capaz
De abrir mil mundos nas madrugas silenciosas.

domingo, 14 de agosto de 2011

Repudio



Companheiros e companheiras; gostaria de deixar explicito aqui, já que não tenho direito a voz na câmara de nossa cidade algumas verdades.
Minha mãe “Lucia correia”, tem sofrido ataques constantes de alguns vereadores no plenário da câmara municipal, ataques estes que tem não só um teor ideológico, mas também discriminatório. Infelizmente, tenho vivido para ver o quão machistas são alguns dos que se dizem representar a população, e infelizmente esses ataques estão direcionados a minha progenitora. Fico dia após dia, consternado, e tenho o dever de repudiar de forma veemente esses acontecimentos. A arrogância é inimiga da sabedoria, do debate, e vejo que em toda relação politica existem debates, alguns mais inflamados é verdade, mas o que não dá o direito de certos senhores encarnarem a figura de ditadores, machistas e intolerantes. Coloco esse voto de protesto nessa rede social, pois infelizmente é a única forma no momento de tentar amenizar as dores que um filho tem sofrido em ver sua mãe ser alvo constante de ataques fascistas por parte de alguns meninos trajados de ditadores.

Espero contar com a solidariedade de todos, que essa mensagem não venha ser subvertida, que esse grito possa ecoar, mesmo que de forma discreta, e que digamos não a esse tipo de politica retrógada, rustica, machista, e mesquinha.

Abraços a todos

LUCIO WAGNER.

sábado, 13 de agosto de 2011

ZONA DA MATA FOME E ETC...

Cana, açúcar e fome...
Pedras , seca e fome...
Fome retrocesso latifúndio...

Espaços e fazendas, gado
Segregação...
Morte, e desespero na poeira, nas ladeiras.

Zona da mata
Mata queimada,
Sertão dos coronéis,
Das viúvas ...dos que tem sede
De justiça...

Dos que caminham
Dos que morrem lutando...
Dos cortadores de cana,
Das ciganas, dos zumbis.

Deserto verde...
Inóspito
Morto,

Zona das matas açucareiras,
Das usinas e dos usineiros
Dos exploradores,
Dos senhores
Dos que vivem parados
Inertes
E morrem, e veem seus filhos morrer.

Norte e nordeste
Continue a sonhar,
Continuem a caminhar...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

começo...

Vivo com medo de morrer
E morro de medo de viver,
Coloco os pés entre a vida
E desesperado aprendo a ter pressa.

Vivo
E vivendo tenho recaídas
Agonias e alguns goles de ódio.

Fico pelas ruas
Rumo em direção ao castigo final
Mas abraço o sol e embalo minha vida
Com esmero.

O ódio subtraia
O ódio é cíclico
É inóspito
É recorrente.

A vida é mais que um adorno
Uma pedra existencial.
Um ponto entre a vaidade
E paço da castidade.

Vivo, peco, morro...
Multiplico...
Exagero...
Trato com meu ego
E finjo ter escolhas.
E escolho o que me dizem.

Cometo deslizes,
Retribuo com pauladas,
As gargalhadas que meu corpo exclama em mim.

Vivo assim, dias ausente,
Pois viver é ser descente.
É tentar morrer com mais dignidade,
E tecer vaidades e joga-las num abismo.

É temer viver e aprender a morrer.
Fim...

AO AMOR E AOS QUE AMAM...

Como é estranho, essa máxima de amar, de gostar, de retribuir caprichos e sonhos inalteráveis. Como é sem sentido todo esse gosto de querer ter, e não ter por medo, buscar compaixão, ficar numa mão dupla. Deitar em seus sentimentos mais profundos, deleitar-se com seus desígnios. Como é engraçado esse sentimento de perder o sono, perder a fome, ter gasturas, viver com mãos trêmulas querendo tocar a face da pessoa amada. É ir ao céu e ver que de repente ele não é azul, é ir e ver que as constelações não passam de vagalumes, é viver de um pecado de querer, subverter a vida e o seu sentido natural. É esquecer –se de si mesmo, faltar consigo e com os outros. É tratar a vida e resumi-la no corpo de alguém, acordar com o coração palpitando além do normal. Ter dores, euforias, é multiplicar as alegrias em pequenos momentos, e cantar para o vento canções, liras. Ter arritmia cardíaca, ver o sangue jorrar por entre os dedos, é o fim e o começo. É se ver no espelho mais feliz, e riscar com giz palavras bobas, sem sentido, que só aquele que ama vai ver um nexo. É cegar por minutos, dias, ou eternamente “se assim tiver sorte”, é viver como quem ouve aplausos, é amar, e como tudo que é desconhecido, não faz sentido, só sentimos.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Posso olhar
Em teus olhos
Descer o véu
Que te cobre à face.

Posso tecer vaidades.
Suspirar, te encontrar,
Te perder.

Aos poucos
Dividir meus prantos
Recatar meus sorrisos

Te desejar
Me conter
Ter medo.

Me envolver
Em camadas,
Esconder-me,
Pedir perdão.

Posso na contramão,
Cortar os pulsos,
Pular, subverter,
Subir,
Me reerguer.

Mas não ouso,
Não me atrevo,
Nem em mil agonias
Esquecer-me de ti.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O dia parou, a humanidade sangrou, sangram também os que lutam por liberdade. Liberdade é mais que um hino, um louvor ou um conceito que se encaixa em moldes burgueses. Liberdade consiste na igualdade entre semelhantes, um poder que vai muito além de falar o que se pensa, ou agir com valores críticos. A liberdade é muito mais que lemas revolucionários, muito mais que livros rebuscados, tecidos por dedos de intelectuais. Ela é aquilo que aproxima homens de homens, que faz com que essa humanidade se torne algo menos abstrato e mais real. Liberdade é ter compaixão e viver por princípios, viver por ideais, estar ao lado de companheiros e seguir de mãos dadas, sentido a força descer e tomar conta do sangue vermelho. Liberdade é ser humano em gênero, em força, em luta.

Sejamos livres, lutemos não por eles, mas por nós mesmos...

Viva a igualdade.
Queria ter pulado,
Ter multiplicado sorrisos,
Ter pulado em um abismo
De felicidade.

Queria acordar e dormir,
Sonhar mais um pouco
A imagem, retornar sem ser discreto.

Oh! Como queria um reflexo perpetuo
De teu olhar , e dele me encantar para sempre.
Queria teu sorriso nas lacunas do meu passado.
E o futuro em teus olhos talhados.

Tua boca retribuir minha vida,
Que pelas ladeiras te viu passar,
Sem perceber a presença do meu desejo.

Queria te ti tua elegância,
Em distintas notas e poesias.
Na estante colocar teu nome,
E tatuar em meus dias a alegria que te faz sorrir.

Quero um dia dormir, e não acordar
E em quimeras me ausentar
Para encontrar em ti a certeza.

Viver sem vaidades.
Não ter medo.
Naufragar em mares,
Remar ...

Mudar a direção do vento
Alcançar os elementos,
Em tua existência...

E enfim deixar de lado
Meu jeito discreto,
Ganhar e ter certeza,
Duvidar pra ser feliz.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Nas escadas
Caindo pelos degraus...
Virando os olhos.

Abrindo os lábios,
Em pequenos versos
Recitar a poesia que te faz amar.

Deitar nos andaimes da vida...
Viajar doces doses e caprichos...
Deleitar-me nas noites
Nos gritos.

Deixar-me levar pelos cantos.
Abrir brechas em lacunas.
Fazer de mim
Um personagem
De uma comedia romântica.

Encravar a unha na carne.
Morder os sonhos aos pedacinhos.
Tatuar teu nome em minha derme
E risca-lo com um espinho.

Depois que tudo acabar.
Voltar meus olhos para a decência
Te esquecer, e descer a escada com os olhos
Abertos.
Adeus!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Estatus

Gravata bem colocada...
Com um nó de burguês...
Espuma no prestobarba...
Pós barba, lamina, spray...

Tudo bem colocado...
Terno chique, tipo ingles...
Boa conversa, bom papo, comida
Do tipo francês.

Um carro com bancos de couro...
Um piano no meio da sala...
Nome, sobrenome, latin rebuscado, mais nada.

Um falatorio infinito,
Uma vida bizzarra, doutor, doutores...
Aneis e ametistas...

Vestidos, joias, poses, perfumes
Classe?
Um barrio de vaidades.

Loucura submersa nas ruas...
Pose de reis, nobresa...
Status, ter algo mais pra aparecer...