Powered By Blogger

terça-feira, 23 de agosto de 2011

não quero ser piegas...

Trago-te essa rosa,
Barata e suja de lama,
Espinhos e folhas.

Não foi cuidada,
Não teve redoma,
A agua pouco tocou-a
E a brisa fez ela murchar.

Trago para ti meus pecados
Minhas mentiras,
Meus dilemas
Trago-te amargos poemas.

Uma grosseria e um punhado
De saudosismo que nunca tive.

Trago os meus contos defuntos.
Minha mão fria e pálida.
Farei imitações, compilações.
Serei eu mesmo.

Vestir-me-ei de roupa rasgada, manchada.
Antiga.
Meu cheiro será suave, sem essências francesas.
Ou pós-barba burguês.

Serei eu mesmo
Sujarei a mão com a rosa,
Darei as costas.
Não direi que te amo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário