Trago-te essa rosa,
Barata e suja de lama,
Espinhos e folhas.
Não foi cuidada,
Não teve redoma,
A agua pouco tocou-a
E a brisa fez ela murchar.
Trago para ti meus pecados
Minhas mentiras,
Meus dilemas
Trago-te amargos poemas.
Uma grosseria e um punhado
De saudosismo que nunca tive.
Trago os meus contos defuntos.
Minha mão fria e pálida.
Farei imitações, compilações.
Serei eu mesmo.
Vestir-me-ei de roupa rasgada, manchada.
Antiga.
Meu cheiro será suave, sem essências francesas.
Ou pós-barba burguês.
Serei eu mesmo
Sujarei a mão com a rosa,
Darei as costas.
Não direi que te amo.
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