Vivo com medo de morrer
E morro de medo de viver,
Coloco os pés entre a vida
E desesperado aprendo a ter pressa.
Vivo
E vivendo tenho recaídas
Agonias e alguns goles de ódio.
Fico pelas ruas
Rumo em direção ao castigo final
Mas abraço o sol e embalo minha vida
Com esmero.
O ódio subtraia
O ódio é cíclico
É inóspito
É recorrente.
A vida é mais que um adorno
Uma pedra existencial.
Um ponto entre a vaidade
E paço da castidade.
Vivo, peco, morro...
Multiplico...
Exagero...
Trato com meu ego
E finjo ter escolhas.
E escolho o que me dizem.
Cometo deslizes,
Retribuo com pauladas,
As gargalhadas que meu corpo exclama em mim.
Vivo assim, dias ausente,
Pois viver é ser descente.
É tentar morrer com mais dignidade,
E tecer vaidades e joga-las num abismo.
É temer viver e aprender a morrer.
Fim...
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