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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

déjà vu

Hoje estava observando o comportamento juvenil, que por certo já tive um dia, e nem faz tanto tempo. Fiquei olhando, e uma coisa em especial me fez sentir uma espécie de déjà vu. Uma menina que lia com os sorrisos escancarados aquele bilhete, aquela cartinha pretenciosa. Tive então a indiscrição de ver por entre brechas, não suportei, a curiosidade foi maior. Aquele papel um pouco amassado, alguns rabiscos, alguns apetrechos que era usado para dar ênfase emocional a cartinha. A menina sorria, se erguia uma pontada de culpa, a emoção da deturpação dos valores e preceitos. A adrenalina que deixava escapar na sua respiração ofegante. Por certo seus batimentos cardíacos devem ter pulado subitamente. Eu hoje já não tenho tantos caprichos, crescemos e infelizmente nos tornamos mecanizados, arrogantes. Mas aquele instante me fez ver que eu não deixei de ser romântico, ou amante das boas coisas, das besteiras e sutilidades, das coisas feitas com esmero. Eu simplesmente as vezes esqueço, esqueço de tocar o vento e tentar coloca-lo na palma da mão. Gostaria de reviver esses instantes, únicos, eternos, momentos infantis, mas crescemos e colocamos vendas nos olhos e mascaras nas lembranças.

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