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quarta-feira, 2 de março de 2011

tentando explicar o obvio...

O coração simplesmente é o motor do sentimento que se fez guardar, e infelizmente ele não é determinante, nem determinável, ele simplesmente acelera, busca um ponto para não bater mais. Já ouvi vários comentários, sempre as mesmas tolices, e cada uma com um préstimo de saber mais, e não saber nada. Meu coração bate, e bate como que querendo se emancipar, querendo fugir. E se eu amei, devo ter sido amado, devo ter sido traído por mim e pelas vaidades que percorrem a vida. Eu nunca pedi pra pensar em alguém, eu simplesmente penso, e com uma pretensão que dá medo. Penso ser louco, penso que a reação de gostar faz parte dos dias enluarados, das jaulas em conserva, dos abismos e dos ritos. Eu amo, em segredo e abertamente, tenho publicado meus sentimentos, tenho feito nascer novas estimas. Mas infelizmente eu sempre caiu no mesmo erro, e minha mente ou o coração que mente me atrapalha e me faz pensar no eterno. Mas por que cargas d’gua amamos? Ou sentimos prazeres numa coisa que causa dor, e às vezes arrependimento? Bem, eu nem sei, nem quero explicar, não é óbvio, falar de amor não algo tão freudiano, ou quixotesco, ou filosófico, os alienados também amam e sofrem, igualzinho aos cultos e eruditos. Se meu coração bate, quando olho a pessoa amada, ou simplesmente ouço seu nome é porque minha vida indica uma direção. E que não venham os psicólogos de meia pataca, com seus discursos frustrados, com explicações matemáticas tentar deturpar milênios de amores a tragédias. Faz parte do cotidiano amar, ser amado, traído, sofrer dores intragáveis, viajar dentro de si mesmo. A final de conta o que seria de nós meros mortais se não fosse a representação, a imitação do divino? Bem, já somos pequenos demais para não tentar ser felizes. Se eu erro por amar, por amar o impossível, ser platônico muitas vezes é porque tenho a necessidade de perceber que eu sou de verdade pra sonhar, perder, ganhar, me arrepender e acordar. Se fosse robô, viveria num mundo abstrato, buscando um punhado de energia artificial e um pouco de abraços mecanizados a fim de fabricar desejos, como bem lembro do filme AI a inteligência artificial. Mas por sermos humanos, mortais, as decepções servem de ponto de referencia pra viver, e pra lembrar, a fim de morrer e ser lembrado.

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