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domingo, 20 de março de 2011

Hoje acordei pior, pois não acordei, ainda durmo nas minhas cascas. Fico doente de pensar em meu amanhã, e cego quando olho para as paredes que estão pintadas de forma bicolor. O preto e o branco meio acinzentado dá ênfase a minha gaiatice, meu desequilíbrio, minha falta de desejos. Um toque de silencio e uma solidão perturbadora, uma escolha que faço sem interesses, sem medo de errar e já errando por não ter medo. Acordei e não dormi por falta de sono, fiz brotar sonhos na falta de consistência dos labirintos que fiz para me perder. Deve ter um caminho menos quadrado, mais perfeitinho, com as paredes cheias de manchas e setas acenando a porta do fim, a saída, o túnel para voltar a viver. Não quis dormir por temer, que ao amanhecer eu não abrisse os olhos, fiquei parado olhando meus olhos fechando, e fui mergulhando num tédio sinistro. Acordei, e já estava acordado, mas mesmo calado eu queria viver sem essas dores , com uma insônia menos densa, menos tensa, e um pouco mais de barulho, quiçá um travesseiro e uma ressaca , pra olhar as marcas e a cor do perder por ter tido. Mas isso é o preço do carinho que dividimos com nós mesmos, os espelhos, o ar de ser por ser de si mesmo.

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