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segunda-feira, 7 de março de 2011

numa taverna...

Num bar, cheio de uma pretensão alcoólica, e uma dor que subjaz os seus conceitos. Sozinho, arrependido, voltasse para uma mesa que está vazia e quebra uma garrafa no chão. Seu sangue ferve, multiplicam-se suas dores, seus horrores.
Ele tem amigos e inimigos e tudo se soma naquela encruzilhada de desafetos. Nem de longe parece o mesmo, levanta a cabeça e volta a cair, que melancolia! Que coisa terrível, deplorável, onde está aquele homem? Talvez dentro daquela garrava de 1000 ml de vodka, ou meias garrava de cachaça ou ainda naquela taça quente de vinho barato.
É um castigo, para quem pouco arrisca e vive na sombra dos desejos reprimidos, naquela alcova vazia, sem prazeres, sem ninguém para espantar seus prantos. Um lenço, por favor! Alguém me tire desse inferno. Mas não há ninguém, apenas as garrafas quebradas estilhaçadas no meio do salão.
Ele não tem forças para se erguer, seus braços estão tensos, suas pernas não respondem aos comandos. Não há estímulos, mas ele levanta, mas é jogado no chão e corta a cabeça num pedaço de vidro. O sangue se espalha pelos seus olhos rapidamente, o sangue viaja até a sua boca, as pessoas que ainda estão ali começam a rir, um então diz coitado! Deve ter levado um par de chifres! Sorrisos se espalham, ele começa a chorar, agora uma mistura pouco saborosa de lagrimas e sangue invade seu paladar.
Ele diz uma única frase-- quem de vocês está aqui por prazer? Ou por poesia? Quem de vocês não já passou por situações vexatórias? Veem esse sangue que escorre no meu rosto? Agora ele desce, e há muito tempo eu precisava saber de que ele era feito, qual o sabor, para me envergonhar dos minhas mentiras, dos meus desejos. Sou e fui cruel comigo mesmo, mas não importa, amanha o sangue irá cessar, minha boca irá parar de esbravejar, meu silencio será o absurdo maior, mas a desgraça é sempre bem vinda. E foi bom ouvi-los, pois me da mais certeza que não passamos de meros animais pensantes.

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