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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Prazeres...

O medo de cair,
Não levantar e ficar parado...
O estrago dos ferimentos,
Hematomas, dor, cólicas.

A vida e a linha,
A linha da ingratidão.
O medo de não levantar mais,

Adoecer...
Perder...
Ter compaixão.

Ter medo de viver
Nascer sem ter vivido.
O simples fato de perder o equilíbrio.
E “cair”.

Sentar no meio fio.
Encher de versos a miséria.
Tentar parar, tentar fugir.

Reagir, mas como? Para onde?
Qual o destino que resta?
Para quem já não tem destino?

É morrer, nem saber o que foi a vida.
Espantoso.
Cruel.
O revés de ter querido.
Ter montado, ter cuspido.

Não faz sentido existir.
Não faz sentido ter que acordar
Para como maquina montar
O seu futuro, o seu destino, a crueldade.

Alimentar-se para sobreviver.
Enquanto morremos por não saber.
A cor e o sabor do alimento, do prazer.

É parar e corrigir, o medo que impregnou os anseios.
Que ceifou os instintos, que transformou num coração,
Rígido, frio, congelado.
Aquilo que no cerne é quente, humano.

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