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domingo, 30 de outubro de 2011

gotas...

As gotas de sangue são oportunistas.
E quem disse que seria diferente?
A dor ainda atrapalha a visão.
E o cálice ainda é agre doce.

No lábio fica a inveja,
Clamo para ir adiante.
Adianta?
Quem sabe os cortes e cicatrizes podem fechar.

Eu ainda posso...
Eu ainda quero
Eu suporto,

Mas essa é a questão...
As gotas já não sabem
Já não dizem.

E eu fico com um suor descendo pela testa.
Em poucos golpes lapidados no pé do estomago.
Um desdém, um deboche.

As marcas de um destino que só teima.
Só atrapalha, vinga-se, em uma mortalha chamada “saudade”
Morte, até quando morte?
Eu ainda busco o fio cortante de tua navalha,
Tuas entranhas, teu paladar pálido.
Um ar suicida,
Uma armadilha,
Vida para quê vida?
E eu ainda te quero,
Como a amante mais perfeita...

E tudo é resumido
Em teus assobios,
Tuas lembranças

Deixe-me
Não me faça fustigado.
Eu te quero,
Eu imploro,
Até mais ver.

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