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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

quero saber...

Quem é ela?
Que aos poucos retira
O ar que ainda resta nos pulmões,

Quem é essa pessoa?
Que me olhando
Já fez valer apena
E que sorrindo me deixou estático?

Fiquei nas ladeiras,
Engolindo o vento que te levou,
E ainda sim, pergunto.
Quem és tu?

Que aos poucos
Deu-me certezas,

Tua beleza,
Teu olhar,
Teu jeito de falar,
Tua face,
Teus disfarces,

Mas para onde tens ido?
Qual teu caminho?
E qual o destino que te levaria para mim?

Doces pensamentos,
Frias conclusões,
Que o amor também é arte do desconhecido,
É gélido, é imaginário.

Mas imaginando
Ainda te vejo em constelações,

Ora! Quem é você?
O que tens para mim?
Que nos sonhos ainda ousas adentrar
Como uma invasora, e a mais amada de todas.

Reclino-me
E reconheço minha condição,
Partilho a decepção que é inerente a carne humana.
Simplesmente aceito o paladar da inconveniência do destino,

Mas teus sorrisos ainda marcam o quadro na parede
Insana de meus calafrios,
Ainda vives e divides tua face
Em minha vida.

Pena, que o destino
Tem uma mão dura,
Ainda peço perdão,
Pela indiscrição de meus versos.
Mas teu cheiro me marca
Cheiro de doces lírios,
Cheiro próprio,
Cheiro de deusa,

Teus encantos
Ainda estão nos cantos
Dos meus pensamentos,

Tua cor,
Teu paladar,
Teu jeito de amar,
Teu jeito de me deter.

Amanhecer...
É buscar teu carinho,
E o cálice de vinho,
É te amar e não perceber,
Que as flores não restam mais,

Que o conformismo deve ser
O caminho a ser trilhado,
Pelas ondas do passado,
Passado cíclico.

Mas deixe-me te olhar,
Por segundos imaginar
Que o destino que ousou me deixar
Também foi um bom amigo,
Não quero mais
Que a imaginação do veludo de teus lábios,
De tua derme em leite derramado.

Quero imaginar,
Só imaginar
Pois o pecado há de ser menor.

Mas não quero excluir meus pensamentos,
Não quero apagar em nem um momento,
O flerte que tinha com você.

Loucura?
Que seja então!
Que seja mais, ou menos!
Mas deixar que o tempo te apague,
É um frio contraste do que quero de verdade.

O banquete, o cinismo,
Sei que ousadia impera em minhas palavras,
Mas Deus, Ô Deus! Perdoai-me!
A intenção é o inverso do talento
Singular do amor, em fazer errar, em fazer deixar
De lado o pudor e todo valor que a vida ensinou.

Mas quem é você?
Deixe que o sol mostre teu rosto.
Só te peço, nada mais,
Pois querer é possível aos sonhadores,
Possuir é pretensão dos senhores.

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