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domingo, 6 de novembro de 2011

enfim...

Não fui eu,
Que hibernando deixou-te no frio,
Nem tão pouco quis mais que a mortalha
De uma lembrança marcada pelo contentamento.

E a ausência?
Faltei-te com respeito
Por amar-te mais que podia,
Enfrentei até o medo de não estar perfeito.
E na imperfeição desci entre as sepulturas.

Mas ainda sim, não fui eu...
Que apagou a luz,
Que deixou ofuscado o resto de pudor
Que tive por mim.

Não quis o sofrimento,
Não cultivei a empáfia.
Não te tratei, nem coloquei barreiras,

O teu canto ficou guardado,
Mas ainda sim, devo ter amado mais
Que o corpo suportaria.

A agonia não foi presente,
Nem o estalar de meus dedos,
Nem o ranger de dentes,
Nem a cisma de viver “parado”
Não fui eu que prometi calado
As vestes da insana loucura da eternidade,
Nem fulguras ou vaidades...
Nem meia verdade...

Eu só quis te amar
E te amando perdi a noção...
Perdi a razão, perdi eu e você.

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