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domingo, 6 de novembro de 2011

por que morte?

Ô morte!
Silencio em tuas entranhas.

Por que morte?
Por que não vida?

Por que essa palavra mastiga?
Por que nos deixa angustiados?

Ô morte!
Onde?

Teus amores,
Se existem são dores,
Um peito seco...

Ô morte,
Senhores viram pó...

Jaz um túmulo,
Jaz defunto,

Em teus braços fecundos...
Não há noite ou dia...

Não há madames, ou princesas,
Donzelas ou mancebos, só podres carnes.
Só homem que não é mais homem
Em putrefação.
Recordação?
Lapide, epitáfio,

Morte, mas por quê?
Teus braços vêm acalentar a frieza
Da falta de ar,

Por que não outra palavra mais gentil?
Por que tinha que ser morte?
Com tua mão fria, e com tua frieza?
Com tua solidão leviana...

Então morte, já que é morte.
Deixe-me um pouco mais de vida...

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