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sábado, 2 de abril de 2011

Se amar é distante, distante se fazem os passos que dei numa estrada sem rumo. Não reclamo das ruas que não encontrei, nem tão pouco fico a ver a vida passar. O amor de pés descalços, de mãos e mil calos. Fustiguei os dias e as pretensas alegrias. O arrependimento veio a minha porta e fez cara de quem escandalizado ficou sozinho. Mil vezes gritei e outras mil deixei rosas para que o vento levasse o perfume que me restou de ti. Meus amores e meus rancores de braços dados nas esquinas imorais, cínicas e sem charme algum. Nem me debrucei, e tão cedo me deixei morrer, aos poucos, vi que tudo às vezes não passa de nada, uma eterna jangada correndo ao mar, sem vento e sem destino.

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