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sábado, 2 de abril de 2011

Quando percebeu já estava com o corpo despido, nu, com as vestes jogadas no chão e olhando com medo e ao mesmo tempo com a ansiedade que toma conta do corpo dentro de quatro paredes. Ergueu a cabeça, e num gesto súbito suspirou, e viu seu ventre aberto, fez caras e bocas, marcou o passo. Nem se deu conta do suor que escorria por todo seu corpo, e a palpitação que aumentava a cada novo lance físico. Sorrisos e arrependimentos, murmúrios, cada nova gota de prazer, cada novo sentido escandaloso, mas não se escandalizou, não titubeou. Arrependimento? Para quê, aquele quarto, aquelas paredes, aqueles gemidos eram as únicas coisas que importavam. O espirito entrava em consonância, um magnetismo suave, uma loucura. Ela sentada, deitada, pernas e mais pernas, risos e alguns gritos libidinosos, uma constante e arrebatadora dança lasciva. E então vem o que se busca, um olhar e um espanto, um pequeno nirvana, um pequeno mundo utópico num pedaço quase que insignificante de minuto. O auge absoluto, a ejaculação frenética, depois o cansado, os abraços, a expressão-- eu te amo! E depois o arrependimento, mas com certeza, tudo reiniciará talvez em outro quarto, mas com as mesmas quatro paredes de testemunha.

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