Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira. "Ernesto Guevara"
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O final de tudo, em tudo dá medo, não é o espanto, mas as lembranças que caem em nosso colo. A pretensão do desapego e a lágrima que percorre o rosto numa viagem sem medida, sem cuidado. Mesmo sem querer, a vida tira o orgulho com o passado que teima em bater em nossa porta. O pulso lateja, inflama nossa perspectiva. A raiva num misto de loucura, a noite que teima em não passar. A vida, a vida. Que por entre as frestas do espelho nos faz cair no ostracismo. O final em tudo, e por tudo corta o coração, com laminas e afiadas, navalhas, um prazer de sair na praça que acaba e vai por entre os dentes. O frio ardente, o espaço que entra na orbita, e tudo se fecha, como que num pedido de perdão, e na contra mão quase entramos em desespero. Os sorrisos vagabundos mascaram o sentimento, transmitem o oposto. E por dentro o desgosto de não ter mais. O final, por fim acaba com tudo, é um porto inseguro, mas pra todo final teve um começo. Mas recomeçar é duro. O final, perder, acabar, sinônimos? Talvez, pra quem ainda não se deu conta. Não aprendemos a perder, e perder faz parte desse jogo chamado vida, e se ganhamos é pra viver e reaprender que tudo tem o seu valor.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário