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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

MORTE...

Me pergunto às vezes como morrer e não sentir dor, insanidade ou procura de razões metódicas para alcançar a vida eterna? O fato é que sobre superfícies inconstantes, e alguns goles d’agua a gente vai se permitindo certas intimidades com a morte e vamos abrindo a boca para o desespero que há por vir. Quem sabe, penso eu muitas vezes no silencio e no abandono cúmplice de meu quarto se eu já não tenha partido, mas olho para minha derme ainda jovem, sem rugas ou sinais e certo de que tudo vai mudando, e já não é o que seria um dia. Morte? Vida? Ou apenas passagem? Minha cabeça dói e não tece novos rumos, apenas labirintos, de bom moço capaz de superar marcas e que depois deitará o mesmo tumulo frio que todos, receio que a vida já seja morte em partes, ou pelo menos a visão intransigente de quem ignora certas realidades, que morrer é simplesmente fechar a cortina de um espetáculo inteiro.

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