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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

...

Como será um tumulo?
Muito raso?
Muito frio?
Ou igual a vida?

Profundo e amargo?
Como será?
Ou como seria deitar?

Em vida esperamos contornos
E caímos nas ladeiras

Olhos profundos,
Oxigênio

E onde me caberá?

Sou hoje
Para não ser mais nada.

Para virar lembranças
Que vão se desfazendo
Com a morte das gerações.

A vida não é dura
Como diziam
Duro é o ato de viver.

Mas para onde morte?
Onde dantes vida?
Agora é dormir
Só isso.

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