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terça-feira, 27 de setembro de 2011

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Eu continuo parando,
Refletindo em viadutos imaginários,
Continuo pensando, sobre o opio que me levou
Da realidade.

Sobre loucas beldades,
Em becos sem saída, mil milhas, perdão.
Continuo em becos estreitos, em vielas fétidas.
Continuo na confusão diária, e entre meu pensamento
Existe um ser em mim, que não quer mais ser.

Existe uma recusa,
Um universo paralelo, ao meu.
E nesse instante eu tenho certeza
Acabei de perder contato com a realidade.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

olhos...

Teus olhos
Se fundem em pequenos espelhos,
Dois oceanos, tranquilos, instigantes.

Olhos marcantes, profundos...
Teu olhar que vai além do espaço normal
Transcende a existência, nos deixa parados, perdidos,
Ansiosos por mais um olhar.

Olhos de amiga,
Perfil sereno, pequeno,
Sorriso traçado com esmero,
Cautela, e uma paz que alcança sem querer.

Um mar em tentar,
Aproximar dos olhos em pequenos traços,
Em arredondados seres brilhantes,
Cair da noite, e uma licença que a lua pede,
Para tirar pedaços de encantos.

Minha boa amiga,
Que a ousadia não me falta para dizer,
Que olhar pra você
É está certo que a beleza, é dividida em pontos distantes
Mas que se deixam tocar, num paradoxo sem modos,

Que a humildade e a vaidade te fazem crescer,
Que teus olhos ainda me fazem sonhar,
Com o fundo do mar, e todos seus mistérios.
E mais nada.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

lembranças, esquecimentos.

Quantos lados
Os opostos te atraem
E se vão, sem um adeus.

E em sorrisos, serras e montanhas
Vales e cordilheiras, lugares, espantos.

Em quantos dias teu pequeno paço se refaz.
E o vento, veneno em olhos marcados pela ignorância
Distancia entre polos e lugares.

O que restou do passado foi isso...
Um único ponto de interrogação
E um despretensioso compromisso...de ir embora
De morrer de sortes e azares.

A vingança que clama, exclama, te deixa surdo.
Absurdos e desamores, desventuras, larguras.
Pitadas de carinho e dentes afiados desfiando o caos.

Lembranças...só lembranças e um pouco de ganancia que te faz
Lembrar...

sábado, 17 de setembro de 2011

se fosse amor

E se fosse amor?
Se fosse paixão?
Se eu te quisesse menina?
E se eu morresse de tédio?
Pedindo-te amores?

Talvez teu olhar se esquivasse de mim.
Temores e dores, e se fosse amor?
Se fosse utopia?
As alegrias seriam poucas, mas ainda sim.
O platonismo passaria de minha boca para te dizer
Algo que te deixasse carente de mim.

E se fosse receio?
Se fosse pânico?
E se fosse amor?
Esquizofrenia?

E se não passasse de amor?
Se não passasse de desejo?
E se eu dissesse em poemas
Que te quero?
Que te persigo?

E se isso tudo fosse o que não quer ser?
E se mesmo na forma do pensamento
Nascessem lamentos?
E se fosse amor?
Eu morreria de vergonha
E te mataria de requintes.
Mas como não é amor
Vou sonhando.

PARA ALGUÉM...

Acordei, nem dormi...
Respirando a lembrança da conversa que tive...
Dos pensamentos que coloquei...
Dos sonhos que busquei acordado.

Interpretei teus olhos, pude errar...
Recordar de ti em avenidas...
E abri os olhos para ver estrelas em teus olhos,
Uma pequena poça d’agua...
E o céu refletido no asfalto...

E eu pensando com esmero
Esperando o reflexo discreto de teu espelho
E a satisfação do meu sorriso exposto em teu nome.

Tua pele quiçá aqui.
Leve e macia, meu sonho, meu encanto.
Busco-te, e te vejo em fotos, te vejo doce, te imagino.
Mais nada.

Leva-me pra perto de ti...
Que teus olhos ainda me deixam inerte.
Teu sorriso, e minha mão trêmula de ansiedade.
Em te ver, em te contemplar, em parar o tempo,
Fixar momentos, anotar tua imagem em minhas lembranças.

Eu como criança,
Comovido, de tua beleza,
Tua delicadeza, teu ar introspectivo.
Teu rosto sério,
Tua face ...
Teu olhar perdido.

Imaginar-te me deixa tonto.
Leva-me daqui, que aos deuses já pedi,
Tua presença por mais um tempo.

Calafrios, assobios, um toque e um frio na barriga.
Cochilar pensando em ti, ter a certeza.

Quimeras repartidas, em teu corpo bem formado.
Teus lábios marcantes.
Teu ego, e eu te dizendo verdades, te tecendo vaidades.
Aquarelas mil sobre tua áurea.

E eu em encantamentos mil, só lamento a hora que isso tudo
Terminar.

do outro lado da tela.

Quero a presença
Que o teclar te deixou distante.
Quero cabelos tingidos, quero olhos presentes.

Um toque e a pretensão
O perdão da ousadia, o apelo.
Noite e dia, te olhar e de ti deixar lembranças.
Profundas, fecundas.

Que minha alma te quis inconscientemente,
Pelo espelho chamado monitor.
Olhar e sentir tua brisa...
Enxergar tua beleza, focar, respirar o suspiro de teus lábios.

Agradecer e te ver
Vaidades.
Pontos e exclamações...
Provocar meu instinto, sair de capsulas.
Repousar os olhos em tua face já desejada
Pelo meu olhar.

Sentir tua sombra sobre meu rosto.
Agasalhar-te amiga, te deixar e voltar a te ver.
Perto de mim, e distante pela sutileza da tecnologia.
Boa noite, bom dia.

Desculpar-me pelo atrevimento...
Pelo descontentamento...
Pelo medo, e sorrir.
Quero só te olhar...
Em versos representar
A euforia de tua presença.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ontem

Ontem eu olhei,
Parei ao teu lado...
Respirei, vi que estava errado.

Ouvi em notas teu recado..
Teu desprezo, teu receio de me ter.
E fui embora...
Levado pelos braços do passado.

Ontem eu te tive por milésimos de segundo...
Em minha mente, em meu sonho bizarro.
Voltei e soquei a parede, desmantelei meu rosto...

Fugi...
Entreguei-me aos pedaços, e te mastiguei com a dor de quem perde.
Ontem não era eu que falava pelos cotovelos,
Ontem não fui eu que fiquei de joelhos te pedindo perdão...

Mas meu medo estava lá, em cara, cor e maquiagem, desgastado
Com hematomas, magoado.
Ontem eu fiquei calado, e te olhei.

pra não falar nada

Inverti, inverso, sublinhado...
Teus lábios ...
Teu jeito.

Queria-te, e morri...
Pequei, suportei, tive medo.
Em ti. O inverso de valores..
De um lado, do lado de cá...

De um só jeito, sem preceitos.
Sem mural, sem moral, sem você.

Acabou, suplantei, virei, adormeci, reagi.
Disse adeus, disse pra Deus.
E com tudo que tive, só podia dizer:
TE AMO.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

sobre você e sobre o passado.

Eu rasguei o verbo
Eu fiz piada, eu não disse nada.
Eu me humilhei.

Deixei cair na rotina
Rasguei a cortina
Te deixai sozinha, mas te amai.

Eu falei de beijos
Te pedi amores...
Falei de teu passado e machuquei o punho.
Quebrei a cara, flagelei meu rosto.
Me joguei, acordei, me fiz de morto.

Morri...
Nasci...
Redobrei meu orgulho...
Briguei, acabei com minha honra...

Mas o passado me deu medo..
Teu sorriso de menina, eu menino
Moleque , te olhando pelos cantos
Te esperando ansioso.
Abri sorrisos com o barulho das grades.

Vivi, sorri, e acordei dentro de garrafas, dentro do futuro, tentando entender.
Por quê?
A vida me deixou uma lição
E tua mão sempre ao meu lado
Sem retalhos.
Sem quimeras.
Acordei...
Voltei a dormir, e és-me aqui.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

COMPAIXÃO...

Minha boca...
Sangrando e pedindo dores de morte...
Lapidando os últimos passos de minha vida,
Degustando teu sabor de ser e não estar em mim mesmo...

Meu recado em sangue falando
Teu passado buscando, acrescentar em teus dias
À tarde que te faltou em horizontes distantes.

Adeus, e os punhais lamentam meu choro...
Minha lagrima retraída...
Absorvida pelo medo, pela falta...

É isso adeus os cegos e loucos...
E meu ultimo pedido é tentar olhar, nas brechas
O passado que nunca tive
Criar futuros que anseio

Tirar das costas o medo que manifestei.
E a felicidade que imaginei...

Aos poucos...
Simplesmente aos poucos...retribuir caprichos...
Dividir esmero...afundar em mim...

setembro...

Eu acordei, senti as cores de setembro
Fugi por minutos, e alguns segundos...
Deixei o sol descer seu calor em minha cabeça...
Fiquei olhando, refletindo, tecendo comentários sobre o fio dos cabelos...

Me deixei levar...na rua e suas calçadas
Típicas de interior.
Esse sol de setembro, essa brisa de primavera...
Esse gosto de estar vivo, de sair de casa, debruçar-me nas ladeiras...

Ouvi o vento bater nas folhas
Nas arvores...
Vi meus pés inclinar meu corpo...
Senti a ciranda da poeira, num baile sufocante...

Senti vida, em toques sucintos, normais...
Senti a vaidade em minha veia
Em meus pulmões...
E lagrima da simplicidade descer num espaço dos olhos
E tua saudade...