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segunda-feira, 20 de junho de 2011

As dores, o peito e amores...
O poeta não mente, exagera talvez...
Finge ser pra ter certeza.

O poeta busca dentro de si as dores
A solidão e o silencio...
Esquece-se de suas fantasias.
Morre pra não ser selvagem.

Nos labirintos morde os lábios.
Perde o senso de estar só...
Alegrias e ilusão
Na contramão de seus desígnios.

O poeta tenta não ter sentimentos
Tenta não expor sua vida nas cartilhas.
Mas ainda sim sente-se compelido
Ao desespero...

Vive sem querer amar.
Afasta-se do mundo...
Mergulha no obscuro
Sangra, suspira e reage a cada novo desenho
Escultura vaidosa de sua pele já corrompida.
Pela magoa de ter partido da realidade.

O poeta é a imitação do invencível,
É a realidade borrada.
É o ser dentro de si mesmo
E só...

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