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domingo, 8 de maio de 2011

Sinto-me compelido a amar, e o amor tem tudo que queremos pra não dar errado, eu fico quase parado esperando o futuro abrir as portas e golpes de inocência e alguns prazeres vertiginosos. Volto a lembrar com paciência da adolescência, e dos amores bandidos, amores fingidos, plásticos e inaudíveis. Eu cego esperando o mundo acabar, eu inerte esperando uma donzela a ser resgatada. Hoje sou forçado a amar, não sinto o amor com as pernas tremulas, mas com um contrato na mão, com clausulas rescisórias. O amor já nasce com prazo estipulado pra acabar, pra arrependimentos, aos sabores do vento, sem luas, sem insinuações, com labirintos e amargura. Eu tive um coração e uma mente que mentiu, fiz varias piadas sem graça, e amei por oportunidade e pedi perdão. O amor é mais cético do que eu imaginava, o amante diz amar por certeza, mas finge saber por que ama, proclama mil versos e risos, mas se deixa levar pelo mar de não saber nada. O amor tem um costume, diga-se de passagem, exagerado de enxergar infinitos e imortalidade, já se perde na vaidade, já nasce fardado ao desespero da ameaça iminente. Mas compelido ou não acredito no amor, nas loucuras, nas lembranças, nas lacunas, mesmo sabendo que o sinônimo do amor às vezes gira num universo paralelo aos próprios desígnios, o sofrimento.

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