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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Nesse espaço

Esse relâmpago em meu quarto, E de repente ao inverso ouvi-se grito Dentro de mim, fora das cascas, dentro das cúpulas. Fingindo medo, ouvindo coragem, secando a derme E depois de tudo, passado, e depois de nada, futuro E tudo continua tão inerte como o espaço escuro lá em cima. O breu que se fez carne A carne que se fez depois de nós mesmos. E tudo tão pequeno nesse infinito espaço chamado quarto. Nesse instante chamado tempo. Nas feridas que já cicatrizaram... Tudo se vai, vou também eu a remar. Relampeia, era só mais um sonho.

terça-feira, 5 de junho de 2012

o que importa?

Digo-vos. E se dizer não adiantar eu silencio. Fico quietinho, figurando de não saber. Mas pra falar a verdade A vida... Essa coisa toda, sem vírgula e com ponto final. É a abstração mais real que conheço... Desculpe a “nítida” impressão de tentar preconizar E protagonizar de intelectual... É que nas noites a sensação mais próxima que sinto dessa vida São os sonhos, a realidade do outro lado da porta Chamada subconsciência, ou seria consciência? Não importa! Mas voltando a essa questão, Vida, intelectualismo, enfim. Essas coisas tão próximas... Entenderam? Mas o ponto mais relevante é sentir... E penso que essa é a maior manifestação dessa festa. Os sentidos, olhar o céu em volta e dizer... "Puta que pariu"!Desculpe a “vulgaridade” mas é a única expressão mais forte que posso usar. Eu não sou nada comparado a isso tudo! “Para arredondar” eu sou menor que acredito ser. Os espelhos do outro lado das constelações Iluminam de forma mais consciente minha crença em Deus, e penso que tudo já é certo, desde o verbo primeiro. Eu é que não sou tanta coisa, além de um corpo composto por Carbono e outros elementos, que depois da morte se torna pó. Ou poeira. E o resto vai se tornar lembrança Até que as gerações te esqueçam.