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domingo, 8 de julho de 2012

Lâminas e outros perfuro cortantes 1ª.

Quem imagina a hora de morrer? Com faca rasgando a pele, Ou pancadas machucando a derme. Atravessando o espelho. Vejo estilhaços perfurando meu corpo. Um lento mal estar, Apertando a garganta. A magoa paralisando as batidas certeiras Do coração infartado, Angustiado. Será homicídio? Ou causa natural? Neurose? Ou morte cerebral? Vícios latentes. Overdose química. Suicídio. A despedida do corpo. O sonho gelado. Calafrios. O sangue que se vai pela ferida. Os olhos que se fecham. Um ultimo olhar, Um ultimo suspiro. Adeus !

sábado, 7 de julho de 2012

Vou embora!

Eu ainda me desligo desse mundo E vou para o outro lado. O lado que melhor me atrai. Eu ainda vou embora disso tudo. Pego carona num sonho e não volto mais. E se for verdade o que dizem os sonhos. Viajarei em direção ao sol. Encontrarei-me com um eu do passado E em poucos recados, direi o que não serei.

domingo, 1 de julho de 2012

pontos...

A gente é só um ponto de interrogação. Somos apenas um ponto de exclamação. Somos apenas um ponto. Nessa imensidão

Morrem Também os loucos.

Morro, e também os medos... E esse sangue dentro de outros pulsos... Que já não são os meus pulsos. E são os teus, são os deles. Tudo numa única linha. E essa distancia entre isso E o outro lado chamado morte. Nesses castiçais, Nesses lamaçais. Nesse lirismo. Essa poesia inventada. E minha certidão que logo morre, E vai para as estantes dos que já foram. Meu nome, vai ser só mais um, Repetido nas bocas da lembrança. Vão tudo, embora com o orgulho. Bailam ricos. Dançam pobres. Mas todos andam em direção Da morte.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Nesse espaço

Esse relâmpago em meu quarto, E de repente ao inverso ouvi-se grito Dentro de mim, fora das cascas, dentro das cúpulas. Fingindo medo, ouvindo coragem, secando a derme E depois de tudo, passado, e depois de nada, futuro E tudo continua tão inerte como o espaço escuro lá em cima. O breu que se fez carne A carne que se fez depois de nós mesmos. E tudo tão pequeno nesse infinito espaço chamado quarto. Nesse instante chamado tempo. Nas feridas que já cicatrizaram... Tudo se vai, vou também eu a remar. Relampeia, era só mais um sonho.

terça-feira, 5 de junho de 2012

o que importa?

Digo-vos. E se dizer não adiantar eu silencio. Fico quietinho, figurando de não saber. Mas pra falar a verdade A vida... Essa coisa toda, sem vírgula e com ponto final. É a abstração mais real que conheço... Desculpe a “nítida” impressão de tentar preconizar E protagonizar de intelectual... É que nas noites a sensação mais próxima que sinto dessa vida São os sonhos, a realidade do outro lado da porta Chamada subconsciência, ou seria consciência? Não importa! Mas voltando a essa questão, Vida, intelectualismo, enfim. Essas coisas tão próximas... Entenderam? Mas o ponto mais relevante é sentir... E penso que essa é a maior manifestação dessa festa. Os sentidos, olhar o céu em volta e dizer... "Puta que pariu"!Desculpe a “vulgaridade” mas é a única expressão mais forte que posso usar. Eu não sou nada comparado a isso tudo! “Para arredondar” eu sou menor que acredito ser. Os espelhos do outro lado das constelações Iluminam de forma mais consciente minha crença em Deus, e penso que tudo já é certo, desde o verbo primeiro. Eu é que não sou tanta coisa, além de um corpo composto por Carbono e outros elementos, que depois da morte se torna pó. Ou poeira. E o resto vai se tornar lembrança Até que as gerações te esqueçam.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

É simples amar...

Então por que pensar demais? Se no fundo tudo se move com o simples desejo de estar vivo? E então vivemos mais ou menos dentro de certas coisas que não são o fator determinante da vida. Tudo é pelo amor, e quando pensamos é a ele que se remete a vontade de viver. Ninguém vive sem ilusões, paixonites ou amores utópicos. Mas quanto mais temos medo de amar, mais amamos, é como um reflexo. Não amamos simplesmente por que é “lindo”, ou por razões que se mostram piegas, amamos para de alguma forma prolongar esse sopro chamado vida. Vivemos pouco, ou quase nada, e perdemos mais tempo procurando um motivo para tudo, que gastando nossas energias amando. Não se dê ao luxo de perder mais tempo, observe ao seu redor, você não é maquina, é movido por tantos sentimentos que muitas vezes nem cabemos neles. Ame e não se frustre por ocasiões do destino, tudo que foi teve que ser, mantenha os olhos fixos além do que você pode enxergar. Se debruce em suas expectativas e não tenha mais tantos medos. Ame não por que é um ato simbólico, ame e deseje, se perca nessas veredas, se envolva nesse labirinto e não pense tanto, o futuro é a incógnita maior de nossas vidas. Mas ame, e se deixe levar pelo suave gosto da ansiedade de ver o amado bater em sua porta, ame por que tudo ganha sentido quando amamos e todo medo se transforma em esperança.