Lucio Correia
Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira. "Ernesto Guevara"
domingo, 8 de julho de 2012
Lâminas e outros perfuro cortantes 1ª.
Quem imagina a hora de morrer?
Com faca rasgando a pele,
Ou pancadas machucando a derme.
Atravessando o espelho.
Vejo estilhaços perfurando meu corpo.
Um lento mal estar,
Apertando a garganta.
A magoa paralisando as batidas certeiras
Do coração infartado,
Angustiado.
Será homicídio?
Ou causa natural?
Neurose?
Ou morte cerebral?
Vícios latentes.
Overdose química.
Suicídio.
A despedida do corpo.
O sonho gelado.
Calafrios.
O sangue que se vai pela ferida.
Os olhos que se fecham.
Um ultimo olhar,
Um ultimo suspiro.
Adeus !
sábado, 7 de julho de 2012
Vou embora!
Eu ainda me desligo desse mundo
E vou para o outro lado.
O lado que melhor me atrai.
Eu ainda vou embora disso tudo.
Pego carona num sonho e não volto mais.
E se for verdade o que dizem os sonhos.
Viajarei em direção ao sol.
Encontrarei-me com um eu do passado
E em poucos recados, direi o que não serei.
domingo, 1 de julho de 2012
pontos...
A gente é só um ponto de interrogação.
Somos apenas um ponto de exclamação.
Somos apenas um ponto.
Nessa imensidão
Morrem Também os loucos.
Morro, e também os medos...
E esse sangue dentro de outros pulsos...
Que já não são os meus pulsos.
E são os teus, são os deles.
Tudo numa única linha.
E essa distancia entre isso
E o outro lado chamado morte.
Nesses castiçais,
Nesses lamaçais.
Nesse lirismo.
Essa poesia inventada.
E minha certidão que logo morre,
E vai para as estantes dos que já foram.
Meu nome, vai ser só mais um,
Repetido nas bocas da lembrança.
Vão tudo, embora com o orgulho.
Bailam ricos.
Dançam pobres.
Mas todos andam em direção
Da morte.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Nesse espaço
Esse relâmpago em meu quarto,
E de repente ao inverso ouvi-se grito
Dentro de mim, fora das cascas, dentro das cúpulas.
Fingindo medo, ouvindo coragem, secando a derme
E depois de tudo, passado, e depois de nada, futuro
E tudo continua tão inerte como o espaço escuro lá em cima.
O breu que se fez carne
A carne que se fez depois de nós mesmos.
E tudo tão pequeno nesse infinito espaço chamado quarto.
Nesse instante chamado tempo.
Nas feridas que já cicatrizaram...
Tudo se vai, vou também eu a remar.
Relampeia, era só mais um sonho.
terça-feira, 5 de junho de 2012
o que importa?
Digo-vos.
E se dizer não adiantar eu silencio.
Fico quietinho, figurando de não saber.
Mas pra falar a verdade
A vida...
Essa coisa toda, sem vírgula e com ponto final.
É a abstração mais real que conheço...
Desculpe a “nítida” impressão de tentar preconizar
E protagonizar de intelectual...
É que nas noites a sensação mais próxima que sinto dessa vida
São os sonhos, a realidade do outro lado da porta
Chamada subconsciência, ou seria consciência?
Não importa!
Mas voltando a essa questão,
Vida, intelectualismo, enfim.
Essas coisas tão próximas...
Entenderam?
Mas o ponto mais relevante é sentir...
E penso que essa é a maior manifestação dessa festa.
Os sentidos, olhar o céu em volta e dizer...
"Puta que pariu"!Desculpe a “vulgaridade” mas é a única expressão mais forte que posso usar. Eu não sou nada comparado a isso tudo!
“Para arredondar” eu sou menor que acredito ser.
Os espelhos do outro lado das constelações
Iluminam de forma mais consciente minha crença em
Deus, e penso que tudo já é certo, desde o verbo primeiro.
Eu é que não sou tanta coisa, além de um corpo composto por
Carbono e outros elementos, que depois da morte se torna pó.
Ou poeira.
E o resto vai se tornar lembrança
Até que as gerações te esqueçam.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
É simples amar...
Então por que pensar demais? Se no fundo tudo se move com o simples desejo de estar vivo? E então vivemos mais ou menos dentro de certas coisas que não são o fator determinante da vida. Tudo é pelo amor, e quando pensamos é a ele que se remete a vontade de viver. Ninguém vive sem ilusões, paixonites ou amores utópicos. Mas quanto mais temos medo de amar, mais amamos, é como um reflexo.
Não amamos simplesmente por que é “lindo”, ou por razões que se mostram piegas, amamos para de alguma forma prolongar esse sopro chamado vida.
Vivemos pouco, ou quase nada, e perdemos mais tempo procurando um motivo para tudo, que gastando nossas energias amando.
Não se dê ao luxo de perder mais tempo, observe ao seu redor, você não é maquina, é movido por tantos sentimentos que muitas vezes nem cabemos neles. Ame e não se frustre por ocasiões do destino, tudo que foi teve que ser, mantenha os olhos fixos além do que você pode enxergar. Se debruce em suas expectativas e não tenha mais tantos medos.
Ame não por que é um ato simbólico, ame e deseje, se perca nessas veredas, se envolva nesse labirinto e não pense tanto, o futuro é a incógnita maior de nossas vidas. Mas ame, e se deixe levar pelo suave gosto da ansiedade de ver o amado bater em sua porta, ame por que tudo ganha sentido quando amamos e todo medo se transforma em esperança.
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